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terça-feira, 13 de abril de 2010

Caramujos Africanos

A praga volta a infestar a cidade  
Volta a crescer a infestação dos Caramujos Africanos, em diversos bairros. Moradores do Centro vigiam para evitar que os caramujos atravessem a rua para infestar os seus quintais.
Nossa reportagem sugere a retomada da catação, para controlar a praga.

Os caramujos preocupam moradores do centro

    Em fevereiro de 2007, o jornal O MAR DE HESPANHA, dava o primeiro alerta sobre a infestação, que já havia criado dois focos na cidade. Um dos focos do Caramujo era na parte baixa do Bairro Monte Líbano, mais precisamente na Rua do Riachuelo, e o segundo foco se concentrava nas ruas Geraldo Magela e Francisco Furtado, no Bairro Floresta.
  A grande preocupação com a infestação era pelo fato do Caramujo Africano ser o hospedeiro natural de dois perigosos microorganismos. Um deles, o Angiostrongylos cantonensis, ataca o sistema digestivo, podendo levar à morte por perfuração intestinal; o outro o Angiostrongylos cantonensis ataca a meninge e o sistema nervoso, podendo, também, levar à morte do infectado.
   Como o caramujo foi trazido da África, julgando-se equivocadamente que poderia substituir o escargot, não encontrou predador natural no Brasil, e por isso propagou-se rapidamente.
   A questão não foi levada a sério, e em novembro de 2007 voltamos a abordar o assunto, quando a infestação no Bairro Monte Líbano atingia níveis assustadores.
   Em abril de 2008, retomamos o assunto, pois a infestação crescera, fora de controle, no Bairro Floresta, atingindo diversas ruas do bairro.
   Em novembro de 2008, sob o titulo “Caramujos Africanos III – A omissão”, retomamos as denúncias sobre os caramujos que já assustavam a população dos Bairros Monte Líbano e Floresta, e em dezembro do mesmo ano fotografamos um caramujo no Parque Jose Francisco Schettino, mostrando que a praga já estava atacando no centro da cidade.
   Em janeiro de 2009, fotografamos um caramujo durante o dia, na parede de uma casa na Rua Henrique Tonetti, no Bairro Jardim Guanabara, alertando a população sobre o consumo de frutas e legumes contaminados.
   Finalmente, em fevereiro de 2009, a Secretaria Municipal de Saúde apresentou um plano de ação para o combate aos caramujos. A atuação dos catadores reduziu bastante a infestação na cidade, mas no início de 2010, devido ao período chuvoso, a praga voltou a nos ameaçar novamente. O mês passado, moradores voltaram a pedir o retorno do combate da praga, que estava infestando os bairros Jardim Guanabara e Floresta.
   Na segunda quinzena de março, observamos moradores do centro, perscrutando, à noite, entre as folhagens do jardim, e percebemos que estavam localizando caramujos, preocupados com o risco de atravessarem a rua e atacarem seus quintais. Ao localizar os caramujos jogavam sal sobre os mesmos, que morriam desidratados. Alem dos caramujos, as suas carapaças também representavam riscos, uma vez que, vazias tornam-se depositárias de água da chuva e criatório para o mosquito da dengue.
   Fazemos alerta ao poder público sobre o retorno da infestação, e sugerimos que se retome as catações, principalmente no Centro, Monte Líbano, Jardim Guanabara e Floresta.

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